Diz que é uma espécie de Cover 4

O eterno "I will survive" na versão dos Cake marca presença em mais uma rubrica de Pedro Almeida.

B-52's "Love Shack"

Edição 10

1ª hora
The Stranglers * All day and all of the night
Tears for Fears * Mad world
Aztec Camera * Somewhere in my heart
B52's * Love shack
INXS * Need you tonight

2ª hora
Dandy Warhols * Bohemian like you
Weeser * Island in the sun
Stereophonics * Have a nice day
Garbage * Push it
Diz que é uma espécie de cover por Pedro Almeida
Manic Street Preachers * Ocean Spray
Lighting Seeds * Lucky you
Linkin Park * Somewhere I belong
Crazytown * Butterfly
M.I.A. * Bucky done gun
Sam Sparro * Black & Gold

Música Capital (Dose Dupla!)

Desta vez... duas músicas e duas bandas bem diferentes.

A primeira chama-se MSTRKRFT (lê-se Mastercraft) e é composta por dois DJ's vindos do Canadá: Jesse Keeler, membro dos extintos Death From Above 1979, e Al-P, que já trabalhou com Jay-Z ou Wyclef Jean.
A música que vos trago vem do primeiro album de originais, The Looks, chama-se Easy Love e aparece aqui remisturada pelos próprios.

Quanto à segunda banda...
Num planeta músical distante dos MSTRKRFT, aparece Nick Cave & The Bad Seeds... A história já é longa e sobejamente conhecida.
Em vez de escolher o óbvio e trazer-vos uma faixa do mais recente albúm, optei por algo mais antigo. Espero que gostem.

Nuno DuarteMusica Capital 3 (MSTRKRFT / Nick Cave)

Soupdragons "I'm free"

Edição 9

1ª hora
Peter Murphy * All Night long
Billy Idol * Rebell Yell
The Church * Under the milky way
Iggy Pop * Sister Midnight
Factory's Corner
Joy Division * She lost control
Joy Division * Shadowplay
Joy Division * Atmosphere
Joy division * Love will tear us apart
She wants revenge * Tear us apart
Interpol * The Heinrich maneuver


2ª hora
James * Sit down
Happy Mondays * Kinky afro
Soupdragons * I'm free
Musica capital por Nuno Duarte
Coldplay * Clocks
Placebo * Special Needs
Massive Attack * Teardrop
Gotan Project * Santa Maria

Joy Division




O amor vai nos destruir. A tradução de “Love will tear us apart”, escrito por Ian Curtis, ajuda a compreender a vida, e muito em especial a morte de Ian Curtis.
Ian Kevin Curtis, não foi um jovem vulgar. Com um breve percurso académico, embora revelador de um grande talento para a escrita, Ian absorveu os poemas de William Burroughs, J G Ballard e Joseph Conrad, enquanto escutava Jim Morrison, Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie. A sua dupla paixão pela poesia e pela música levava-o a escrever letras para música com uma profundidade sombria pouco comum à época.
A sua adolescência é passada em escapadelas à escola, e em fugas a si próprio ingerindo toda a espécie de medicamentos que o alienasse. A geração dos seus pais, extremamente conservadora, incutiu em Ian, valores que ele aceitou mas sem os compreender, os quais revelava nos temas que escrevia e nas opções de vida que fazia.
Ian , completamente apaixonado, casa-se muito jovem com Deborah Curtis e trabalha como funcionário público como assistente num centro de emprego para deficientes em Manchester, enquanto procura a sua libertação na música.
Após assistir a um concerto dos Sex Pistols, procura em Bernard Sumner e Peter Hook companhia para o seu sonho. Encontrado Stephen Morris, o baterista, estava reunido o quarteto que compunha Warsaw, o primeiro nome dos Joy Division.
Na época, Manchester, era uma cidade que fervilhava e procurava a sua independência face a Londres. Tony Wilson, apresentador musical da Granada TV, e frequentador da cena musical, foi abordado em tons pouco cordiais por Ian que o convenceu a levá-lo ao seu programa de televisão. Assim se estrearam com Shadowplay em 1978.




Quando Rob Gretton, entretanto tornado agente dos Joy Division, decide que a banda gravaria o seu album de estreia em Manchester, cria-se a oportunidade para o surgir da Factory Records, que iria catapultar o nome dos Joy Division, e em simultâneo elevar-se a si própria ao estatuto de etiqueta de culto.
O 1º álbum dos Joy Division , “Unknown Pleasures”, produzido por Martin Hannett e gravado num estúdio de John Peel, surge em Junho de 1979, e fica demonstrado o talento de Ian Curtis na escrita.
Fac 10 - Unknown Pleasures


A digressão que se segue ao lançamento do álbum começa a atrair uma legião de fãs atraídos pelas actuações electrizantes de Ian em palco. A sua forma convulsa de dançar como que exorcizando demónios interiores mostra uma nova forma de partilhar emoções que contagia todo o público. Enquanto cresce a fama dos Joy Division e Ian vê chegar o reconhecimento que sempre ambicionou, a sua vida desmorona-se. Os ataques epilépticos sucedem-se e a panóplia de medicamentos que ingere vai fragilizando cada vez mais a sua estrutura física e mental, o seu casamento atravessa uma crise profunda depois de conhecer Anik Honoré, por quem se apaixona e a sua relação com Deborah e a filha Natalie provoca-lhe um desconforto com o qual não sabe lidar.
Chega então o convite para uma digressão nos E.U.A. quando Ian tem apenas 23 anos. Após uma discussão intensa com Deborah, na noite de 18 de Maio de 1980, em vésperas de partida para o continente americano, Ian regressa a casa à procura de Deborah, ingere uma garrafa de whisky e com o vinil de Iggy Pop a rodar prepara a corda que o desprende da vida.
Na sua lápide, Deborah mandou inscrever “Love will tear us apart”, pois acreditou que a vida de Ian foi uma vida de amor.



“Love will tear us apart”, o tema mais célebre dos Joy Division atinge o número 13 do top britânico e o LP “Closer” lançado logo após a sua morte chega ao Top10.
O resto da banda cria New Order e alguns dos seus trabalhos ainda reflectem a matriz depressiva de Ian.
Quanto a Ian, não mais foi esquecido. As compilações pós-morte multiplicam-se, a sua mulher escreve “Carícias Distantes” (Touch from a distance) uma biografia de Ian Curtis e Anton Corbijn realiza em 2007 “Control” um filme biográfico.
A sua influência musical nota-se ainda hoje em bandas como Interpol, Bloc Party ou She Wants Revenge.
Faz hoje 27 anos que nos deixou e não é demais lembrar as palavras que o poeta Al Berto lhe dedicou e que encontrei num artigo assinado por Cristiano Pereira no Jornal de Noticias.

“depois dança contorce-se embriagado
cobre o rosto suado com a ponta dos dedos espalha
sangue e cuspo construindo a sua derradeira máscara
cai para dentro do seu próprio labirinto
como se a verticalidade do corpo fosse um veneno".
in “Noite de Lisboa com auto-retrato e sombra de Ian Curtis”
Al Berto

Mudança de frequência 2

É já no próximo Domingo dia 18 de Maio que se inicia um novo ciclo do 3 à Mistura.
Com um novo horário das 20 às 22h, mas com a equipa e alinhamento habituais. Mantemos as colaborações de Pedro Almeida e Nuno Duarte com as suas rubricas "Diz que é uma espécie de cover" e "Música Capital", respectivamente.
A rubrica "Factory's Corner" terá este Domingo a sua 3ª edição num formato alongado dedicado a Ian Curtis, assinalando os 27 anos do seu suicidio.
Renovamos o convite para nos escutar.

P.S. A emissão poderá iniciar-se um pouco mais tarde pois estará dependente da hora a que termine o jogo Porto x Sporting.

Mudança de frequência

O 3 À Mistura vai mudar de casa.
A partir do próximo Domingo, estaremos em directo entre as 20 e as 22h em 87.6 FM
e aqui também.
Esperamos continuar a contar com a vossa companhia.

Echo & the Bunnymen "Seven Seas"

Edição 8

1ª Hora
The Sound * Missiles
The Sound * Sense of purpose
Bolshoi * Happy boy
Psychadelic Furs * Here comes cowboys
Echo & the Bunnymen * Seven Seas
The Cure * Play for today
Factory's Corner
John Dowie * British tourist – I hate the dutch
John Dowie * Idiot
Stone Roses * I wanna be adored
Charlatans * Then
Radio Macau * O elevador da glória
Taxi * Cairo
Talk Talk * Talk talk

2ª hora
The Smiths * Bigmouth strikes again
Morrisey * Suedehead
Lloyd Cole & Commotions * Cut me down
Depeche Mode * Strange love
James * Born of frustration
Diz que é uma espécie de cover por Pedro Almeida
The La's * There she goes
Electronic * Forbidden city
CSS * Rat is dead (rage) clica aqui para download gratuito
CSS * Alala
The Ting Tings * That's not my name
The Ting Tings * Great DJ
Goldfrapp * Ooh la la

Diz que é uma espécie de Cover 3




Pedro Almeida volta à nossa companhia com um tema original de Phil Collins, aqui numa versão dos Nonpoint.

John Dowie


John Dowie nasce a 3 de Agosto de 1950 e é com 19 anos que inicia o seu percurso pelos palcos.
A paixão pela escrita aliada a uma invulgar consciência critica leva-o a compor contos e poemas de elevado pendor humorístico. Em cima de um palco, de frente para o publico ousa ousar. Chocar. Surpreender.
Desde 1969 que percorre bares, festas universitárias, festas locais, festivais, teatros, vai onde quer que exista publico com vontade de sair indignado.
Em 1977, lança o álbum “Another close shave” através da Virgin Records que atinge o Top 10 holandês. O single de sucesso intitula-se “British tourist – I hate the dutch” e demonstra um total desrespeito pelos turistas em geral, mas muito em especial pelos holandeses.




















A sua irreverência leva-o a acompanhar de perto o movimento punk e o despertar da nova vaga musical vinda de Manchester. Em 1978 surge no 1º EP da Factory Records, com 3 temas: "Acne", "Idiot" e "Hitler's Liver".
Durante a década de 80 intensifica a sua carreira como performer de stand-up comedy e desdobra-se pela televisão e cinema. Lança o single “It’s hard to be an egg” e o vídeo “Dowie” pela Factory. Lança ainda um álbum gravado ao vivo – “Good Grief” - numa noite no Zap Club em Brighton.
Até aos dias de hoje continua a sua carreira como escritor e comediante tendo voltado aos discos com o lançamento em 2005 de Dogman! a Comedy Musical Drama for Children .